Reflexões de Final de Ano

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Por José Geraldo Recchia*

Chegamos ao final de mais um ano calendário, também mais um ano das nossas vidas! Muitos aproveitam este período do ano para refletir sobre o que fizeram, deixaram de fazer, promessas feitas e cumpridas e outras nem tanto. Nesse momento surge também a vontade de criar novas metas para o ano que se aproxima, refazer planos em todos os palcos em que “atuamos”, contabilizar “ganhos e perdas”…
Para que esse processo não passe de um mero exercício, repetido a cada ano e muitas vezes envolto em “lamentos” e desculpas ao final do ano que terminou, proponho aqui um caminho a ser construído e trilhado para chegar ao “outro lado da ponte” com a motivação e força de quem venceu, teve sucesso nessa caminhada.
Primeiro deve ser identificado o que se deseja mudar. É fundamental nesse ponto descobrir o “foco” do problema, o que realmente incomoda e é a fonte das suas preocupações e o(a) impede de atingir os resultados desejados. Este é o ponto a ser “atacado”. Importante também mentalizar o estado futuro desejado, isto é, uma vez removido o “obstáculo” de como será sua vida no futuro, essa “âncora” o(a) ajudará a permanecer no caminho nos momentos de dificuldade, pois eles virão.
Uma vez descoberto o(s) obstáculo(s) a ser(em) superado(s), o passo seguinte é a construção de metas para removê-lo(s). Porém, cabe aqui um parênteses: como disse outras tantas vezes, é essencial se conhecer, a fim de definir metas de aprimoramento- pessoais e profissionais- que tenham a ver com o que o(a) motiva, pois só assim serão colocadas em prática. Metas elaboradas por outras pessoas para que você implemente, sem conexão com seus motivadores, têm grande chance de não saírem do papel!
Todas as metas devem ser SMART, acrônimo em inglês para um conjunto de pré-requisitos que devem ser observados:
  • ESpecífica: deve descrever exatamente o comportamento a ser aprimorado/obstáculo a ser superado.
  • Mensurável: o resultado deve ser quantificado, devem ser estabelecidos indicadores de desempenho e ser definido claramente onde a pessoa está e onde deverá chegar, de forma numérica.
  • Orientada para Ação: o que foi estabelecido como meta é algo que lhe impulsiona a agir? Você vai colocar em prática?
  • Realista: é possível ser realizada nas condições estabelecidas?
  • Temporal: deve incluir o prazo para de execução no seu enunciado.
Uma vez criada(s) a(s) meta(s), atendendo aos pré-requisitos acima, cabe verificar se não é(são) tão ampla(s) que precise(m) ser “quebrada(s)” em mini-metas, as quais levarão ao alcance da meta maior. Ex. de meta: “Adquirir um apartamento novo até dez/2013 no valor limite de R$ 300 mil”. Assumindo que tal meta, relacionada a quem a formulou, cumpra os requisitos SMART, percebe-se que ela possivelmente precisará ser desdobrada em algumas mini-metas: “Definir bairro onde morar até final de fev/13”, “obter financiamento para a aquisição até junho/13”, etc. Isso se tais questões já não tiverem soluções para o “dono” da meta.
Até aqui digamos que foi a parte fácil! Agora, para cada mini-meta construída, faz-se necessário elaborar um Plano de Ação para colocá-la em prática. Todos sabem que o papel/arquivo ou texto do computador (para os tempos modernos) aceita tudo! Porém, sem um plano que seja colocado em prática, mesmo a melhor meta não passará de sonho! Uma Visão de um futuro desejado é o sonho transformado em ação! Sendo assim, esse plano de ação deve incluir:
  • O que vai ser feito.
  • Quando vai ser feito.
  • Como vai ser feito.
  • Quem ou o que pode contribuir/facilitar a realização de cada ação.
  • Quem ou o que pode atrapalhar/dificultar a realização de cada ação. Como será superado esse obstáculo, se surgir?
  • Quais recursos serão necessários e como irá obtê-los.
Como Coach, tenho apoiado inúmeros profissionais na superação de obstáculos ao desenvolvimento de suas carreiras. As dicas acima são importantes, mas são apenas ferramentas de apoio na caminhada individual para o sucesso. Cabe a cada um percorrer o seu caminho! E, para tanto, tomo como exemplo aqueles profissionais do esporte que são ícones em suas áreas. O modelo é sempre o mesmo: disciplina e perseverança!
Sucesso para você em 2013!!!
* José Geraldo Recchia é Diretor Presidente da Caliper Brasil.

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