Por Patrick Sweeney*
Sua própria canção.
Este é um conceito intrigante.
Ao se casar, o casal escolhe uma música que se torna a sua música-tema.
Minha esposa Donna e eu selecionamos, há mais de 35 anos atrás, “That’s all.” I can only give you love that lasts forever…That’s all. That’s all.
Anos mais tarde, sempre que estamos em uma festa onde há uma banda, pedimos se eles podem tocar nossa música. E esta dança é sempre especial e traz de volta todos os tipos de lembranças.
E eu comecei a pensar que a canção de casamento que selecionamos, em muitas maneiras, pode dizer mais sobre nós como um casal recém-casado do que qualquer outra decisão que tomamos.
E isso me levou a pensar por que os casamentos são as únicas celebrações que selecionamos uma música em particular.
Por que não aniversários?
Ou qualquer outra celebração?
E qual seria a nossa própria canção individual, se selecionássemos para nós mesmos?
Será que temos apenas uma música?
Ou ela mudaria em diferentes momentos de nossas vidas?
Seria rápida ou lenta?
Curta ou longa?
Você poderia dançar com ela?
Será que tem letra?
Você cantaria como a original?
Ou criaria a sua própria versão?
Alteraria algumas palavras?
Ou faria a sua própria música?
Eu ouvi dizer que existe uma tribo na costa oeste da África, onde, quando uma mulher acha que pode ter um bebê, ela vai ouvir uma música e começar a cantar. E essa música se tornará a canção do bebê. Antes que a criança nasça. Então, a futura mãe ensina a canção ao marido, antes de conceber o filho. Quando o bebê nasce, eles ensinam a música para o bebê que a carrega por toda a sua vida.
Por ter sua própria canção, eu acredito que você pode ter mais sintonia com você mesmo.
E, por causa disso, mais sintonia com os outros.
Então, tente isso comigo por apenas um minuto.
Feche os olhos.
Imagine que há uma juke box antiga – dentro de você.
(Para aqueles que são jovens demais para lembrar o que eu estou falando, eis uma imagem de uma juke box.)
Cada um de nós está cheio de centenas e centenas de músicas.
Existem os lados A e B.
Algumas músicas sabemos de cor.
Algumas que mal nos lembramos.
Algumas são ligadas a certos acontecimentos em nossas vidas.
Algumas são ligadas a certas pessoas.
Algumas estão cobertas de poeira. Nem nos lembramos da última vez que foram tocadas.
Elas vão desde as primeiras canções de ninar que nos fizeram dormir quando bebês, até a última música que ouvimos hoje.
Dentro de você estão todas as músicas que já ouviu.
Imagine-as gravadas em pequenos discos de plástico.
Em linhas, sobre as linhas, sobre as linhas.
Talvez em ordem alfabética.
Talvez em ordem cronológica.
Talvez em nenhuma ordem.
E em todas estas linhas chega um braço de metal que vai selecionar uma gravação… sua música.
Agora, aquele braço de metal da sua própria juke box está se movendo através de todas as suas gravações.
E agora ele faz uma pausa – o braço de metal seleciona apenas uma música.
Aí está. Essa é a música que você selecionou.
Olhe para o título.
Diga isso em voz alta para si mesmo.
Agora deixe-a tocar.
Cantarole-a.
Cante-a.
Por que você acredita que você escolheu esta música?
O que significa para você?
O que estava acontecendo em sua vida quando você ouviu pela primeira vez a canção?
Por que você a carrega com você?
Sinta como é entrar em sintonia com a sua música.
E se ela se tornasse sua inspiração?
Sua música-tema?
O que você teria feito de forma diferente?
Faça-me um favor e carregue a música com você por uma semana.
Cantarole-a ou cante-a para si mesmo, sempre que as coisas saírem da ordem.
Ou quando as coisas estiverem indo excepcionalmente bem.
Veja como ele se encaixa.
Como isso ajuda você pensar e sentir sobre si mesmo de forma diferente?
Sobre aqueles ao seu redor de uma maneira nova?
Isso ajuda você a entender o que está acontecendo?
Ela une as coisas de alguma forma misteriosa?
Você quer mudar algo em sua música?
Torná-la mais veloz?
Transformá-la em algo mais hip-hop?
Mais romântica?
Algo que você possa dançar?
Leve a sua música com você.
Conecte-se a ela.
Saiba por que você ama essa música em particular.
E por que ela é parte de você.
Que seja sua mensagem de atalho sobre quem você é – no seu melhor.
Enquanto você cantarola ou canta sua música, o próximo passo é compartilhá-la com alguém que você confia.
Diga-lhe porque carrega essa música com você.
O que isso significa para você.
Diga-lhe o que estava acontecendo em sua vida quando você ouviu pela primeira vez essa música.
E por que você ficou ligado a ela.
Em seguida, pergunte-lhe se já pensou em uma canção que seria seu tema.
E imagine com esse alguém qual poderia ser.
Explore com essa pessoa como suas músicas se conectam.
Então, com sua música sempre à mão, você vai estar em um lugar onde é capaz de sintonizar-se mais, mudar a sua consciência e transcender seus sonhos.
No mínimo, as pessoas vão querer saber o que você está cantando.
* Patrick Sweeney, presidente da Caliper
Leia o artigo original aqui.