Um dos fenômenos mais interessantes do mundo corporativo é a forma como a evolução do conhecimento e das atividades humanas geraram uma forma, também evoluída, de enriquecer as relações de trabalho.
Antigamente, e numa época nem tão distante assim, na área de Recursos Humanos, as empresas se preocupavam com a simples atividade de contratar profissionais com, no máximo, alguma exigência técnica, esperando deles determinada produção em troca de um salário ao final do mês.
Esse processo continua porque é um ciclo corporativo-financeiro: produtividade que gera satisfação organizacional e que, por sua vez, oferece salários em troca. Porém, apesar de ter o “mesmo conceito’’, esse já não é um processo tão simplificado assim. As empresas profissionalizaram seus métodos para buscar e contratar profissionais, esmiuçando seu potencial, estimulando seus principais pontos fortes e desenvolvendo competências que podem ajudar a organização e, consequentemente, fazê-los crescer.
Hoje, a maioria das empresas está se tornando cada vez mais estrategista em processos que antes eram considerados simples, pois sabem que o bom planejamento e a utilização de ferramentas modernas e eficientes são capazes de oferecer à organização melhores profissionais e mais altos níveis de resultados.
Vive-se um período em que os produtos e serviços produzidos pelas organizações têm sido diferenciados também pelas pessoas que nelas atuam, pela forma com que se inter-relacionam internamente e com clientes. A imagem da empresa é, atualmente, a figura de seu funcionário. Se ele está satisfeito, feliz e transmite isso ao seu meio, o mercado percebe e valoriza como um dos fatores de sua decisão de compra. Dessa maneira, é necessário direcionar atenção e cuidado em fazer o melhor pelo capital humano, mas não apenas como estratégia para conquistar consumidores, mas como cultura organizacional.
Inserido em todo esse processo está o profissional de RH, que também não é mais aquele que costumava se envolver apenas com rotinas administrativas repetitivas como geração de Folhas de Pagamento, nem está mais limitado ao Departamento de Pessoal. Hoje, ele se movimenta na empresa, convive com seus colaboradores e precisa ser estratégico, atuando ao lado dos líderes empresariais em busca de produtividade e satisfação dos profissionais.
A empresa não tem mais apenas um tipo de cliente, aquele que vive fora de seus limites físicos e que conhece e consome seus produtos e serviços. Hoje, tem um cliente interno formado por sua equipe de colaboradores, e que são os primeiros afetados por suas decisões.
É interessante verificar como as empresas se modificaram e as pessoas se tornaram fator de grande importância. O reconhecimento de seu trabalho tem sido maior por meio do investimento em seu potencial e aperfeiçoamento, e as empresas que fazem isso dão o exemplo para as novas gerações, para que estejam cada vez mais preparadas para os novos desafios do mercado, sem se esquecerem de evoluir também no tratamento do “ser humano” dentro das organizações.