Quando, numa empresa, é feita a contratação de um novo líder ou remanejado um profissional para essa função, a primeira preocupação é apresentar o novo setor ao profissional, suas atividades e responsabilidades, a equipe como um todo e as metas. Ao final, o que a empresa deve fazer é simplesmente cobrar pelos resultados que ela espera que o novo líder apresente, correto? Não, errado!
Parece fácil, mas não é. Liderar é uma tarefa que exige certo grau de aptidão natural e um bom nível de estrutura e preparo. Ser líder não é simplesmente mandar, mas sim angariar o apoio da equipe, contar com o entusiasmo e a dedicação de todos para que as metas sejam atingidas.
Se ‘ser líder’ já é difícil, ainda mais se torna quando o profissional tem que se acostumar com: novo ambiente, nova equipe, nova cultura organizacional, novas formas de estruturação do negócio e diferentes fases do processo de decisão.
Ser líder numa empresa não pressupõe total certeza de conhecimento na função, nem garantia de sucesso em outra empresa. Ter sido bom profissional antes de líder, bem como ter galgado gradativamente o cargo de liderança, também não assegura que o profissional será bem-sucedido na nova função. O que vai proporcionar maior certeza disto é a oportunidade de preparação que a empresa oferece ao novo líder, garantindo maior segurança e adaptação a ele e maiores chances de resultados à organização.
Poucos pensam na dificuldade do líder em sua função de liderar porque é costumeiro pensar que ele apenas aciona a equipe, quando na verdade ele administra pessoas e se responsabiliza por todas as consequências das decisões que toma e das ações de todos a sua volta.
Por isso, a melhor forma de preparar um líder no processo de integrá-lo e adaptá-lo à empresa, ao setor, à equipe e às suas funções é oferecer o que se chama de Onboarding, um serviço de apoio profissional, realizado através de consultoria, que garante ao novo líder uma possibilidade muito maior de sucesso e resultados positivos. Esse trabalho é feito, geralmente, dentro de seus primeiros 90 dias no cargo, ajudando-o a preparar seu próprio espaço, adaptando-o ao seu estilo de atuação, e oferecendo a ele maior segurança em suas ações e decisões.
Um novo líder que participa de um processo de Onboarding possui maior porcentagem de chances de produzir resultados em seu novo cargo, evitando que a empresa passe por um processo desgastante de turnover em cargos de alta patente, o que pode prejudicar até mesmo o rendimento dos membros de sua equipe levando a empresa à baixa produtividade.
Vários novos líderes não conseguem ficar muito tempo na função, ora porque não se sentem à vontade na empresa ou com a equipe, ora porque não conseguem se adaptar ao ritmo da organização. Porém, é possível elencar vários motivos pelos quais esses profissionais não conseguem se adequar ao cargo, o que se resume, ao todo, na importância dos primeiros meses de adaptação desse novo líder.
Muitos desses líderes saem de uma empresa para outra na certeza de que conseguirão bons resultados. O que a nova empresa precisa pensar ao contratar ou nomear um novo líder é em sua responsabilidade de investir no aprimoramento desse profissional e em seu ajustamento, esforçando-se em transformar seu ambiente de trabalho num espaço positivo de atuação, no qual se sinta seguro para liderar uma equipe e produzir o que se espera.