O mercado avisa: empresas devem valorizar cada vez mais seu capital humano. E não é à toa, nem por acaso, que esta é a exigência da vez, já que as pessoas que formam uma organização são responsáveis por seu crescimento ou… estagnação.
Este atual cenário é respaldado por uma recente pesquisa sobre gestão de capital humano, realizada pela empresa “Ser” de Campinas (SP). Dentre 40 executivos de 35 corporações brasileiras e multinacionais, mais da metade (58,8%) afirma que o RH participa ativamente do planejamento estratégico empresarial, 82% disseram ser de alta prioridade o desenvolvimento de gestores e 73% destacaram o desenvolvimento de pessoas, com a realização de treinamento e coaching baseados em processos de gestão por competências.
Há algum tempo a posição do RH nas organizações não era tão importante assim. Mas, a partir do momento em que alguns profissionais começaram a participar de programas de desenvolvimento propostos pelo setor e, assim, passaram a produzir mais e melhor, o aprimoramento se tornou fator essencial para o andamento dos negócios.
Empresas querem executivos, gestores e demais colaboradores fortemente alinhados à sua missão, visão, valores e metas, não importa o nível hierárquico que ocupem. A empresa que melhor souber gerenciar seus funcionários será a campeã da atual corrida mercadológica. E, pasmem: a preocupação deste quesito não tem partido apenas de gestores de equipes ou do próprio RH, mas, principalmente, de executivos do mais alto escalão organizacional. Aqueles a quem pouco interessava questões como estas antes consideradas secundárias, hoje preocupam-se, antes de mais nada, com este fator. Atualmente, os presidentes e altos diretores que não se envolvem nos questionamentos e decisões em relação ao fator humano de sua empresa, perdem espaço deixando que grandes concorrentes façam por ele, “roubando” para si seus profissionais mais talentosos e melhores líderes.
Comprometimento tem sido o lema das empresas da atualidade e para exigi-lo dos diversos níveis da organização, o exemplo deve partir de cima, de quem deve provar que acredita, confia e aposta em seus colaboradores. Aliás, os próprios altos executivos devem se propor programas de desenvolvimento, pois é isto que o mercado determina: líderes abertos a novas experiências e flexíveis quando o assunto é desenvolver-se não só como profissional, mas como pessoa. Afinal, para lidar com outros profissionais é preciso ser humano e empático, para entender como se sente cada membro de sua equipe e mais intuitivo ao creditar a eles posições estratégicas e promissoras.
Outra preocupação dos executivos quanto ao desenvolvimento humano é que, atualmente, o ranking das melhores empresas para se trabalhar é o podium que seus profissionais estão visando e querem galgar a qualquer custo. Ou seja, ou você transforma sua empresa numa delas ou você perde seus melhores colaboradores de combate. Quanto mais investidora e reconhecedora dos atributos de seus colaboradores, mais a empresa tende a se tornar concorrente de outras porém, desta vez não é a concorrência do mercado de produtos, mas do mercado de trabalho. Os atuais melhores e anônimos profissionais de determinada empresa podem ser os grandes e visíveis líderes de sua concorrente amanhã.
Por tudo isto, ser hoje presidente ou diretor empresarial significa assumir a responsabilidade de pensar e investir no capital humano da organização que representa. A concorrência está acirrada e a principal fatia disputada hoje no mercado é a ocupada pelos bons profissionais. Assim, nunca é demais valorizar o lado humano de sua empresa, o responsável pelo céu ou inferno que ela viverá no futuro. Futuro que cabe somente a você, executivo, traçar.