Por Ana Artigas
O Brasil é visto, atualmente, como um país em franco crescimento e somos a “bola da vez”. Dessa maneira, é evidente que estamos atentos e queremos alcançar melhores resultados, conquistar mais clientes e uma fatia maior de mercado para o nosso negócio. É quase um dever aproveitarmos essa oportunidade.
Para que possamos crescer e acertar ainda mais em 2012, a estruturação e a retenção do capital humano nas organizações tornam-se as bases estruturais de todo o processo. A partir disso, muitas organizações estão sentindo necessidade de contratar empresas especializadas em Outplacement e Executive Searching. O hunting é uma boa alternativa para a captação de talentos, mas a questão é: como saber se as pessoas recomendadas são realmente adequadas para os desafios propostos?
As empresas de search vão “a fundo”, com o objetivo de ter o completo entendimento do perfil e identificação dos profissionais que se aproximam do que está sendo almejado. Muitos iniciam por uma rede de relacionamentos, além de pesquisas de mercado, solicitação de indicação por intermédio de pessoas-chave, etc. Os potenciais candidatos são inicialmente entrevistados por uma equipe treinada e capacitada. Os profissionais que atendem aos pré-requisitos passam para outras fases de entrevistas com o sócio responsável pelo projeto, solicitante da vaga ou pelo responsável pelo RH. Porém, como ter a garantia de que as competências comportamentais que os candidatos dizem possuir são mesmo verdadeiras? Mesmo que possamos fazer testes para avaliar a capacidade técnica ou o nível de idioma, como verificar, por exemplo, a empatia que ele terá com o gestor contratante?
É com base nas informações de avaliação de Perfil que obtemos informações mais científicas e adequadas sobre o real potencial dos candidatos. Para termos essas respostas de forma menos “intuitiva” é fundamental o uso de instrumentos que nos auxiliem nesse processo. A aplicação de ferramentas de assessment traz a identificação de fortalezas e habilidades que devem ser desenvolvidas para que o futuro colaborador denote, de forma mais precisa, seu potencial.
A aplicação adequada de ferramentas de assessment auxilia a estruturar o processo e a valorizar o capital humano, sem deixar de respeitar os objetivos e a cultura corporativa da empresa solicitante. Além disso, é capaz de avaliar a capacidade de liderança e as demais competências do profissional, permitindo ao cliente tomar decisões de contratação e ações de desenvolvimento mais claras e assertivas.
O processo é geralmente simples e objetivo, identifica características desenvolvidas e a desenvolver de cada profissional concorrente à posição solicitada. Futuramente, por meio desses resultados individuais será possível propor planos de desenvolvimento para áreas funcionais dentro da organização, assim como para níveis organizacionais, de forma a suprir o cliente com informações detalhadas que visam desenvolver e extrair as potencialidades de seus recursos humanos.
Assim, todos ganham: a consultoria, que apoia a seleção, o profissional que está sendo contratado e, principalmente, a empresa contratante que não investe “no escuro” e consegue “enxergar” quem será seu futuro colaborador. Mas, principalmente, o profissional que inicia na empresa, sentindo-se reconhecido, deixando claras suas habilidades, podendo torna-se um grande potencial, assim como tendendo a permanecer mais tempo na empresa. Nada melhor, para a retenção de talentos, do que um futuro brilhante para todos. Essa é, sem dúvida, a melhor forma de alcançar metas e o potencial de crescimento que desejamos para nós e para a nossa empresa-parceira
* Ana Artigas é Diretora de Inovação, Pesquisa & Desenvolvimento da Caliper Brasil.