Lilian Gonçalves*
Qual a importância do feedback nas empresas?
Podemos pensar em dois caminhos de feedback que poderiam funcionar de forma igualmente poderosa na busca pelo desenvolvimento de uma empresa. O feedback mais comum é aquele fornecido pela liderança aos profissionais, que tem como objetivo principal o alinhamento de expectativas, reconhecimento e sugestões para constante aprimoramento das equipes. Além desse, há o feedback dado pelo profissional a respeito de processos internos estabelecidos pela empresa. Esse “vai e volta” do fluxo de informações e pontos de vista, dentro de uma cultura de receptividade para mudança, pode ser o diferencial entre uma empresa de sucesso, pronta para ajustar-se aos desafios e alcançar excelência.
Quais são os tipos de feedback?
Existem tantos tipos de feedback quantas formas de comunicação. Pode acontecer desde o silêncio, já que a ausência de feedback pode também ser um feedback; escrito, em documentos formais de avaliação de desempenho ou sugestões via e-mail, ou até mesmo através de uma caixa de sugestões praticadas por algumas empresas; gestual, através de linguagem corporal ou verbal falada. O importante é focar no objetivo a ser alcançado e entender que o feedback é uma ferramenta, um meio para atingir esse objetivo. Sugiro avaliar o contexto para identificar a maneira mais adequada para cada caso.
Que dicas você sugere para realizar esse processo com sucesso?
Foco no objetivo! Não se pode usar o feedback de forma pessoal e nem levar as informações para o lado pessoal! Por isso, sempre focar na ação, na solução e nunca na pessoa é a dica mais importante para o sucesso deste processo. Por exemplo: “você tem demorado muito para entregar os relatórios gerenciais, sendo que os relatórios gerenciais são base para decisões importantes e planejamento de ações, por isso é importante que atendam ao prazo, possibilitando ações mais rápidas. Posso contar com você?” Novamente, cito a cultura e maturidade da empresa e dos profissionais envolvidos como ponto crucial no processo. Mas ao despersonificar também se profissionaliza o fato e se possibilita melhorias sem criar conflitos.
* Lilian Gonçalves é Consultora de Desenvolvimento Organizacional da Caliper Brasil.