Licença-paternidade: esse assunto está na pauta da sua empresa?

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Para o mês dos pais, resolvemos abordar um assunto ainda pouco presente na pauta da maioria das empresas brasileiras: licença-paternidade. Enquanto em alguns países a licença remunerada pode ser de quase 53 semanas, como na Coreia do Sul, o brasileiro tem direito a apenas 5 dias para ficar em casa com o(a) filho(a) recém-chegado(a). Na Suécia, por exemplo, 90% dos trabalhadores aproveitam integralmente as 10 semanas de licença-paternidade, mesmo sendo opcional. 

Esses países contam com regras diferentes no quesito pagamento: segundo dados da Forbes, a Suécia oferece remuneração de aproximadamente 20% do salário do colaborador, enquanto na Coreia do Sul, esse valor pode chegar a até 31%. Já na Noruega, onde a licença-paternidade é de 14 semanas, o trabalhador recebe praticamente o salário integral, mais de 90%. Em março deste ano, a Espanha aprovou um decreto que determina que a licença será aumentada gradativamente, se igualando à licença-maternidade até 2021, com um total de 16 semanas integralmente pagas. 

Quem faz diferente no Brasil

A Diageo, empresa multinacional proprietária das marcas de bebida Johnnie Walker, Ypióca e Smirnoff, anunciou no final de maio deste ano sua nova política global de licença-familiar (paternidade e maternidade), válida para colaboradores de todos os países, incluindo o Brasil. A mudança começou a valer no dia primeiro de julho, e consiste em seis meses remunerados com salário integral. A licença é válida para todos, incluindo os casos de adoção e uniões homoafetivas.

A marca carioca de roupas Reserva conta com licença-paternidade de 30 dias desde 2016. Outras empresas que têm a licença estendida são Natura, que oferece 40 dias, e a Johnson & Johnson, com um período de 8 semanas desde 2017.

No Brasil, o programa Empresa Cidadã existe desde 2008 e as empresas cadastradas podem oferecer até 20 dias de licença-paternidade com concessão de incentivo fiscal. Ainda assim, apenas pouco mais de 13% das empresas aptas a aderir escolhem participar do programa. 

Por que fazer diferente?

Diversos estudos mostram a importância da convivência entre pai e filho(a) nos primeiros dias de vida para a criação do vínculo afetivo. Além dos benefícios da relação com o bebê, a mãe, ou o outro pai, em casos de casais homossexuais, também aproveita de uma maior interação e divisão das tarefas, o que traz um sentimento de pertencimento e valorização dentro da família.

Nos casos de adoção, a licença também se mostra extremamente importante, já que se torna um período dedicado integralmente à criação de laços e adaptação com um novo membro da família.

Dicas para implantar uma cultura cidadã na sua empresa

A cultura da licença-paternidade pode ser implementada aos poucos dentro das empresas. Confira algumas dicas para apoiar os seus colaboradores neste momento tão importante que é ser pai:

  • Ofereça a possibilidade de horários flexíveis e em home office;
  • Aumente gradativamente o período de licença concedido;
  • Informe-se sobre o programa Empresa Cidadã;
  • Ofereça a possibilidade de férias remuneradas para o colaborador.

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