Escrito por Jacque Casoni, Diretora Sênior de Desenvolvimento de Negócios
O ambiente de trabalho parece mais estressante do que o normal? Parece que, quando você finalmente se adapta a uma grande mudança, outra aparece em seguida? Pessoas com quem você costumava trabalhar bem parecem ter “saído dos trilhos”?
Após diversas eleições ao redor do mundo, escassez de mão de obra, inflação, desastres naturais e os demais estresses da vida cotidiana, o ambiente profissional tem sido constantemente impactado por interrupções. Entender como fatores internos e externos afetam nossa capacidade de lidar com o estresse e reagir a ele é mais importante do que nunca. É aqui que a regulação emocional eficaz, a inteligência emocional e o gerenciamento de estresse podem fazer a diferença entre simplesmente sobreviver ou navegar com sucesso pelas mudanças que surgem.
O que é autorregulação dentro da inteligência emocional?
Para definir corretamente a autorregulação, é útil começar explicando o que é inteligência emocional. Aqui na Talogy, definimos a inteligência emocional (IE) em três partes:
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– Comportamento – o “o quê” da inteligência emocional: trata-se de gerenciar nossa personalidade de forma eficaz, tanto pessoal quanto interpessoalmente.
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– Sentir e pensar – o “como” da inteligência emocional: praticar habitualmente o pensamento sobre os sentimentos e o sentimento sobre os pensamentos para guiar nossos comportamentos.
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– Atitude – o “quando” da inteligência emocional: a extensão e a eficácia com que empregamos a IE dependem, em grande parte, das nossas atitudes.
A autorregulação é um componente-chave da inteligência emocional e do gerenciamento de estresse, e é definida como uma habilidade útil para lidar com comportamentos emocionais e reações físicas em situações de estresse. É a nossa capacidade de manter a compostura enquanto enfrentamos circunstâncias desafiadoras. É fácil fazer isso quando tudo – ou quase tudo – está indo bem. Mas é justamente quando a rotina é interrompida que a IE e a autorregulação entram em cena.
Reconhecendo hábitos defensivos
Quando nos sentimos ameaçados, o cérebro pode nos colocar em um estado defensivo, fazendo com que sejamos menos emocionalmente inteligentes e mais propensos a adotar hábitos defensivos como mecanismos de enfrentamento. Mesmo que tenhamos evoluído emocionalmente ao longo da vida, estudos mostram que tendemos a voltar aos nossos comportamentos instintivos durante períodos de estresse, deixando de recorrer a estratégias mais maduras de compensação.
Esses hábitos defensivos costumam se formar ainda na infância, como forma de lidar com dificuldades, e ao longo do tempo se tornam automáticos e arraigados. A teoria inicial da IE, proposta por Salovey e Mayer em 1990, e os estudos mais recentes de Daniel Goleman mostram como a psicologia positiva pode moldar nossas respostas emocionais.
No ambiente de trabalho, há situações específicas que podem nos tirar do nosso “estado ideal” e nos colocar em modo defensivo – por exemplo, receber uma crítica de um chefe ou colega, ser microgerenciado ou enfrentar mudanças organizacionais.
Essas situações podem provocar comportamentos indesejados mesmo em pessoas geralmente equilibradas. A boa notícia é que essas reações costumam ser temporárias e cessam assim que a pessoa volta a se sentir segura.
Como se autorregular emocionalmente: 3 dicas
Quando você perceber que está reagindo de forma defensiva e precisa retomar o controle emocional, considere as seguintes estratégias:
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Dê um passo para trás: pergunte-se: estou no piloto automático? Estou lidando com isso da melhor forma possível? Qual atitude ou crença está me fazendo reagir assim? Essas perguntas aumentam a autoconsciência e ajudam a escolher respostas mais produtivas.
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Saia da sua zona de conforto: separe o que sente do que faz. Reflita sobre suas opções e os resultados desejados. Suas ações estão conduzindo a esse resultado? Você está considerando a perspectiva dos outros – mesmo que discorde? Como sua autorregulação emocional pode ajudá-lo a alcançar esse equilíbrio?
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Questione suas próprias crenças: um antigo líder que tive sempre me desafiava a ver uma situação por outro ângulo. Sempre que eu trazia uma solução, ele dizia: “Essa é uma forma de ver. Outra forma seria…”. Isso me ensinou a buscar novas maneiras de lidar com situações e encontrar um ponto de equilíbrio – exatamente o tipo de pensamento que reforça a IE.
Como desenvolver a autorregulação e a inteligência emocional
Todos temos o potencial de ser nossa melhor versão – e desenvolver a autorregulação e a IE é essencial nesse caminho. A Talogy oferece ferramentas práticas para aumentar a autoconsciência e melhorar a eficácia pessoal. O Emotional Intelligence Profile (EIP3) é uma ferramenta psicométrica que mede os níveis atuais de inteligência emocional e autoconsciência, gerando um plano de desenvolvimento personalizado.
Ao aprender a dar um passo para trás, sair da zona de conforto e desafiar suas crenças, você pode fortalecer sua autorregulação emocional e adaptar-se melhor a contextos imprevisíveis.
Sobre a autora:
Jacque Casoni é Diretora Sênior de Desenvolvimento de Negócios da Talogy. Com mais de 20 anos de experiência em gestão de capital humano, ela lidera projetos para grandes clientes em diversas indústrias globalmente. Atua em análises de cargos, validação de estudos, iniciativas de coaching e desenvolvimento de liderança, sempre com foco em gerar ROI para os clientes. É formada em Comunicação e Administração pela Pennsylvania State University e membro da SHRM.
