
Escrito por Vicki Bauer, Content Marketing Manager
Os líderes definem o tom para suas equipes e, muitas vezes, são o primeiro contato que um colaborador tem com os valores e a cultura da organização. Eles exercem um papel crítico na percepção que o colaborador tem sobre seu papel e sobre a empresa como um todo, além de influenciar fortemente a satisfação contínua no trabalho. Sete em cada dez funcionários entrevistados nos EUA disseram que deixariam seus empregos se não tivessem um bom gestor — um dado preocupante quando se pensa no custo da rotatividade de funcionários.
Então, como você, como líder, pode criar um clima positivo no trabalho, onde as pessoas não apenas queiram ficar, mas prosperem? Para explorar essa questão e encontrar a resposta, entrevistamos dois de nossos líderes na Talogy, Paul Glatzhofer e Silpa Williams, para entender como eles adaptam seus estilos de liderança de forma a beneficiar suas equipes.
Perguntas e respostas com a liderança da Talogy
1. Como você, como líder, contribui para construir um ambiente de trabalho saudável e próspero?
Paul Glatzhofer, Vice-Presidente de Grupo, Américas:
“Procuro liderar com autenticidade e comunicação aberta para construir uma equipe e um ambiente de sucesso. Acredito que líderes autênticos permitem que suas equipes também sejam autênticas, o que pode gerar segurança psicológica — um componente essencial para um ambiente de trabalho saudável.”
Silpa Williams, Diretora Comercial, Vendas Internacionais:
“Para mim, tudo começa com humildade e uma mentalidade centrada nas pessoas. Liderança não é sobre ter todas as respostas — é sobre ouvir, aprender e criar espaço para que os outros possam contribuir e crescer. Sou humana e sei que não vou acertar sempre, por isso reservo tempo para refletir e revisitar conversas.”
2. Como você coloca essa filosofia (a resposta acima) em prática na equipe e no seu estilo de liderança em geral?
Paul: “Em primeiro lugar, procuro ser eu mesmo em todas as interações com a equipe. Toda semana penso no que precisa ser compartilhado, com quem deve ser compartilhado e na melhor forma de fazer isso. Nem sempre tenho sucesso, mas é um esforço contínuo.”
Silpa: “Procuro criar um ambiente onde as pessoas se sintam vistas, valorizadas e motivadas a dar o seu melhor. Isso inclui comunicação transparente, celebração de avanços, feedback construtivo quando necessário e ajudar cada um a alinhar seu papel aos seus pontos fortes e valores.”
3. Existem lições que você aprendeu com líderes ou mentores anteriores — boas ou ruins — que ajudaram a moldar sua forma de liderar uma equipe de sucesso?
Paul: “A lição positiva que me vem à mente foi algo reforçado pelo meu pai: o poder da comunicação aberta para construir, manter e fortalecer relacionamentos. Meu pai era CFO de uma grande instituição financeira e aprendi muito observando como ele gerenciava o negócio e interagia não só com os funcionários, mas com qualquer pessoa com quem se relacionava no trabalho.
Uma ‘lição ruim’ veio ao observar líderes excessivamente reativos e emocionais. Não vi benefícios nessa abordagem, nem para o líder, nem para a organização.”
Silpa: “Aprendi lições valiosas com líderes com quem trabalhei no passado e no presente. Uma líder, em especial, me ensinou a importância de manter a calma sob pressão. Tento sempre me inspirar nela quando estou em situações difíceis. Ela também tinha ótimo senso de humor e conseguia reverter situações ou lidar com pessoas difíceis de forma leve. Isso me ensinou que, embora o trabalho seja desafiador, é importante mantê-lo divertido e positivo.
Tive também a sorte de trabalhar com Tim Campbell, vencedor do primeiro ‘The Apprentice’ do Reino Unido. Sua abordagem era toda baseada em curiosidade e aprendizado contínuo. Ele sempre arranjava tempo para fazer perguntas, aprender com os outros e, tão importante quanto, elogiava e agradecia independentemente do esforço ou resultado. Reconhecer os esforços e valorizar as contribuições das pessoas é algo que levo comigo até hoje em minha jornada de liderança.
Essas experiências moldaram meu estilo de liderança: manter a calma, ser curiosa e sempre encontrar motivos para celebrar pequenas vitórias. Liderar não é sobre ser perfeito, é sobre ser genuíno, aprender sempre e fomentar uma cultura de valorização e respeito.”
4. Que conselho você daria para líderes que estão enfrentando o desafio de reverter uma cultura negativa?
Paul:
“Seja aberto e honesto com todos sobre o que você quer alcançar. Busque feedback, peça conselhos e continue ajustando sua abordagem para ser eficaz.”
Silpa:
“Comece ouvindo para construir confiança. Desafie e refine constantemente sua habilidade de ouvir. No curso de Coaching com Inteligência Emocional que fiz, tive que refletir sobre o quanto realmente ouço e como é importante que as pessoas se sintam vistas e ouvidas.
Além disso, promover mudanças é um processo iterativo e é importante envolver toda a equipe na solução, fazendo com que se sintam parte do processo, e não apenas receptores das mudanças.”
5. Como garantir que o foco no bem-estar e no desenvolvimento dos colaboradores continue sendo prioridade, mesmo diante de pressões e desafios do negócio?
Paul:
“Não vejo o bem-estar dos colaboradores e o crescimento/pressão do negócio como ideias opostas. Acredito que uma organização de sucesso (ou seja, que cresce, enfrenta desafios, etc.) é aquela que coloca os colaboradores em primeiro lugar, focando em seu desenvolvimento e bem-estar.”
Silpa:
“Acredito que manter o foco no bem-estar possibilita o crescimento. É importante falar sobre isso, demonstrar na prática e ser exemplo. Reservo tempo e crio espaço para sessões que apoiem o bem-estar e fico atenta a como as pessoas estão assumindo essa responsabilidade, seja em check-ins informais ou simplesmente incentivando pausas para recarregar as energias.”
Invista nos seus líderes hoje
Como Paul e Silpa enfatizam, adotar uma liderança centrada nas pessoas é a base de tantas outras práticas eficazes. Criar um ambiente saudável, onde os colaboradores estão no centro e se sintam valorizados e seguros para expressar suas opiniões, não acontece da noite para o dia. É uma iniciativa contínua, constantemente revisitada para promover melhorias graduais. É cuidar das pessoas como pessoas, não apenas como funcionários. É oferecer benefícios que melhorem a vida delas e de suas famílias. E é colocar líderes que realmente se importem, dando a todos a melhor chance de prosperar profissional e pessoalmente. Investir em seus líderes é investir nos seus colaboradores, colocando-os na melhor posição possível para liderar com confiança, empatia e responsabilidade.
Sobre os colaboradores
Paul Glatzhofer, M.A. é psicólogo organizacional, consultor externo e coach com mais de 18 anos de experiência. Dedicou sua carreira a ajudar organizações e líderes a se tornarem mais eficazes, atuando com todos os níveis hierárquicos, tanto no setor privado quanto no público. Como Vice-Presidente de Grupo das Américas, Paul supervisiona a implementação e o uso eficaz de avaliações e ferramentas diagnósticas de liderança para seleção e desenvolvimento.
Silpa Williams, Diretora Comercial e psicóloga organizacional, lidera a equipe de Client Partners do Reino Unido na Talogy, capacitando-os a construir parcerias fortes e entregar resultados de impacto e relevância para o negócio. Com ampla experiência em avaliação e desenvolvimento de talentos, Silpa traz uma abordagem estratégica e colaborativa para resolver desafios complexos. Trabalha em estreita parceria com clientes para co-criar soluções personalizadas que gerem impacto real. Ela é apaixonada por práticas de talentos justas e centradas no ser humano e apoia líderes de RH na construção de equipes inclusivas e preparadas para o futuro.